
Quem pode julgar o outro, já que todo mundo tem o rabo preso, já que ninguém é perfeito.?Todos julgamos. Todos somos hipócritas. Todos somos inúteis. Todos somos medíocres. Alguns tentam ser álguem para poder subjulgar o outro. Seria mais medíocre aquele que erra ou aquele que quer julgar o errado? Julgamos para tornar nossas verdades mais verdades? Já que quase nada neste mundo é absoluto, quanto mais pessoas adeptas de nossas verdades, mas verdades elas parecem. Então vamos desmerecer aqueles que não seguem nossas crenças, nossos objetivos. Vamos percorrer o caminho de nos transformar de animais a seres pensantes, limpos, organizados, politizados, éticos, trabalhadores, ostentadores, ambiciosos, fraternos, responsáveis. vamos julgar todos que fogem disso, para confirmar que somos sim seres especiais e não animais impulsivos, sujos, carnais, instintivos e famintos. Vamos julgar, vamos julgar, vamos julgar. Aponta o dedo para o outro! Não aponte o dedo para sua cabeça, não levante o polegar, não encoste o indicador nas temporas e nem feche os outros dedos. Não isso não pode. Isso é errado!
4 comentários:
Pessoas que se acham "senhoras da razão", que ressaltam os defeitos dos outros para esconder as próprias fraquezas, pagam caro por esse pecado: são infelizes!
Quem melhor do que um assassino para julgar outro assassino? Quem melhor do que alguém que já matou para dizer se a razão alheia é fútil ou não? Se você nunca matou, não tem como entender o que levou outra pessoa a matar e, conseqüentemente não tem competência para julgar sem ser tendencioso. Ou tem?
Eu não sei bem como definir julgamento, já que se parte da premissa que superioridade seria a legitimidade pra julgar. Não vejo assim (Du, não é assim!). Vejo o julgamento não como fruto de sermos superiores a outro ser. Vejo o julgamento como a forma de manifestação de um espírito crítico sobre a atitude alheia. Se é um bom ou mal julgamento, pouco importa. É uma questão de vivência, de opinião, de arquitetura de personalidades. Não estou defendendo... no fundo nenhum de nós tem nada a ver com a vida alheia, nem temos porque querer moldar um ou outro a nossos costumes. Mas sermos apenas animais instintivos é razão muito simplória pra deixar de condenar ou ovacionar certos comportamentos. Razão digna para tal seria admitir que apesar do nosso senso crítico, somos todos errados e certos, independentes como indivíduos, mas responsáveis pelo que nos é comum.
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