sábado, 4 de julho de 2009

Minos


Quem pode julgar o outro, já que todo mundo tem o rabo preso, já que ninguém é perfeito.?Todos julgamos. Todos somos hipócritas. Todos somos inúteis. Todos somos medíocres. Alguns tentam ser álguem para poder subjulgar o outro. Seria mais medíocre aquele que erra ou aquele que quer julgar o errado? Julgamos para tornar nossas verdades mais verdades? Já que quase nada neste mundo é absoluto, quanto mais pessoas adeptas de nossas verdades, mas verdades elas parecem. Então vamos desmerecer aqueles que não seguem nossas crenças, nossos objetivos. Vamos percorrer o caminho de nos transformar de animais a seres pensantes, limpos, organizados, politizados, éticos, trabalhadores, ostentadores, ambiciosos, fraternos, responsáveis. vamos julgar todos que fogem disso, para confirmar que somos sim seres especiais e não animais impulsivos, sujos, carnais, instintivos e famintos. Vamos julgar, vamos julgar, vamos julgar. Aponta o dedo para o outro! Não aponte o dedo para sua cabeça, não levante o polegar, não encoste o indicador nas temporas e nem feche os outros dedos. Não isso não pode. Isso é errado!

4 comentários:

Anônimo disse...

Pessoas que se acham "senhoras da razão", que ressaltam os defeitos dos outros para esconder as próprias fraquezas, pagam caro por esse pecado: são infelizes!

Anonymous coward disse...

Quem melhor do que um assassino para julgar outro assassino? Quem melhor do que alguém que já matou para dizer se a razão alheia é fútil ou não? Se você nunca matou, não tem como entender o que levou outra pessoa a matar e, conseqüentemente não tem competência para julgar sem ser tendencioso. Ou tem?

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Eu não sei bem como definir julgamento, já que se parte da premissa que superioridade seria a legitimidade pra julgar. Não vejo assim (Du, não é assim!). Vejo o julgamento não como fruto de sermos superiores a outro ser. Vejo o julgamento como a forma de manifestação de um espírito crítico sobre a atitude alheia. Se é um bom ou mal julgamento, pouco importa. É uma questão de vivência, de opinião, de arquitetura de personalidades. Não estou defendendo... no fundo nenhum de nós tem nada a ver com a vida alheia, nem temos porque querer moldar um ou outro a nossos costumes. Mas sermos apenas animais instintivos é razão muito simplória pra deixar de condenar ou ovacionar certos comportamentos. Razão digna para tal seria admitir que apesar do nosso senso crítico, somos todos errados e certos, independentes como indivíduos, mas responsáveis pelo que nos é comum.