quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Feliz Mesmo Ano!


É janeiro, mês das resoluções, das novas oportunidades, do tentar de novo. Começa um novo ciclo, mas que na verdade não passa da boa e velha rotina. Gostamos de mascarar essa rotina, acreditando em novas oportunidades, que esse ano as coisas irão ser diferentes, promessas são cumpridas, para depois serem quebradas... "Segunda começo a dieta, eu prometo!" "Depois do carnaval vou me endireitar" "prometo estudar mais esse semestre" " Deste ano não passa meu curso de inglês!" E por aí vai.
Janeiro, sonhos aumentados, vontade revigorada, erros perdoados. Mas então vem fevereiro, março, abril... O tempo vai passando, as frustrações vão surgindo e quando percebe-se já é dia 31 de dezembro novamente...
Por que fazer promessas se sabemos que não vamos cumprir? Sei que faz parte de um ritual, mas já sabemos o resultado. Não estou querendo ser pessimista, mas pare e pense, quantas resoluções você cumpriu em sua vida?
As pessoas então desejam: Feliz Ano Novo! Paz, saúde, felicidades, amor, prosperidade!! Mas alguém por acaso deseja: Que neste ano você se liberte dos velhos costumes, alcance novos patamares, evolua como pessoa, cresça, siga para além do bem e do mal???
O segredo não é que você faz e sim o que você é. Não adianta querer fazer algo que sua pessoa não permite! EVOLUA! Liberte-se! Cresça! Busque desenvolvimento pessoal! Não permaneça na ignorância, pois é ela que nos atrela a mesmice. Perda as vendas que te cegam e permita-se ver um novo mundo, ver um novo ano! Que neste ano, você almeje, dentre vários coisas, evoluir como pessoa e sair da lama da ignorância. É isso que desejo a todos!

Um comentário:

Anonymous coward disse...

Fácil falar, nem tanto fazer. Somos o que repetidamente fazemos. Excelência, portanto, não é um ato; é um hábito. A razão pela qual muitas pessoas falham em seus próprios planos é que planeja-se demais. E não importa o quão detalhado seja o plano, depois de certo ponto é somente especulação. Enquanto o verbo for futuro há espaço para procrastinação; só quando o verbo se torna presente a ação se condensa na forma de mudança. Mais importante do que anunciar a mudança é efetivá-la na forma de pequenos passos firmes. Tudo para evitar o risco de uma mudança insustentável. Vale lembrar que isso de colocar tudo no plural ("as pessoas", "nós", "a gente") é só para tirar a responsabilidade do indivíduo, e diluir a culpa do erro e da falha no coletivo. Tudo para fugir da custo da responsabilidade. (...) Mas me adianto: se há intenção de fugir de conceitos de "bem" e "mal", então a situação foi subestimada, porque isso pede toda uma reformulação visando uma pós-humanidade. Pode-se tentar viver uma vida em algum nível amoral, mas isso só funciona entre pessoas amorais. Qualquer tentativa que fuja disso está fadada ao fracasso pela mera força dos números. Sem uma resistente fibra moral para sustentar um rompimento de paradigmas tão violento não há como se libertar das rédeas do preconceito e da inércia. Até porque evolução por evolução é somente a mudança; tomar evolução como algo bom já é um julgamento encerrado em si mesmo, contrariando o bojo do proposto. Prova, pois, que existe evolução indesejada.