segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Tão na cara como nariz


Quem nunca ouviu a expressão: "Tá mais na cara do que nariz"? Às vezes, acostumados com as dificuldades da vida, com aquele típico "novelismo mexicano", não percebe-se que o que realmente importa está bem próximo e faz parte de nossas vidas, de nosso dia-a-dia, como um nariz...
Na maior parte do tempo, por exemplo, não damos importância para o nosso nariz. Tirando certas conformações anatômicas, nariz é uma coisa que "não fede, nem cheira". Tá ali. Mas experimente quebrá-lo. É daí quer aquele órgão, antes de escanteio, passa a chamar a atenção. Daí vêm os cuidados, até excessivos, para que o nariz não venha quebrar e trazer dor novamente. A dor de um nariz quebrado não é a das melhores.
Dando nome à metáfora, essa busca exagerada por algo externo, algo que não temos, que sonhamos ou idealizamos, é o que nos coloca e prende no típico jeito mexicano de ser. Passei por muito tempo procurando uma imagem, algo idealizado, quando a felicidade estava bem ao lado, bem na minha frente, mas eu não conseguia, ou não queria, enxergar. Hoje, quando acordo ao lado da pessoa que me faz feliz, quando desejo estar perto dela todos os momentos, compartilhando as experiências de nossos dias, é que percebo que FELICIDADE É ALGO SIMPLES, QUE ACONTECE QUANDO SE PERMITE. Se você espera algo mágico, saiba que também essa felicidade sumirá num estalar de dedos. Esperamos grandes vendavais, quando a verdadeira e melhor sensação é quando você não se sente mais só, que aquele vazio foi preenchido e os dias anteriores foram felizes, pois a felicidade faz parte do seu cotidiano, tão presente que não necessita procurar, pois ela está ali, na sua frente, tão na cara como nariz.

Um comentário:

Anonymous coward disse...

E qual a diferença entre a felicidade encontrada e a felicidade fabricada?