quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Propósito


Será que existe um jeito certo de viver? Partindo do pressuposto que são desconhecidos a origem e objetivo da raça humana, podemos determinar o que é certo e errado, o que vale a pena e o que não vale? Não falo em relação as leis criadas pelo homem, já que servem apenas manter a "ordem" entre uma espécie que insiste viver em sociedade, talvez contrariando todos seus princípios como animais. Haverá sentido nas nossas vidas, um propósito, ou tudo é só um acaso, um jogo aleatório?
Se eu decidir viver na "escuridão" ao invés da luz, ou da penumbra, no final de minha vida, isso vai me classificar melhor ou pior do que aquele que seguiu por outro caminho? Essa classificação realmente importa? Sabendo que só temos uma vida, curta e frágil, e que a única certeza do mundo é a morte, seria melhor aproveitar o máximo possível, fortalecer o intelecto, viajar, conhecer pessoas novas, enriquecer, ou então nada disso faz sentido pois no fim haverá a morte nos esperando? Seria o prazer a única coisa a ser buscada e extraída dessa vida?

Não sabemos de onde viemos. Talvez essa vida tenha um propósito, talvez sejamos necessários para o equilíbrio deste mundo. Quem sabe estejamos contidos dentro de um sistema mais complexo, onde nossa existência é ínfima diante de outros seres mais superiores. Talvez haja vida em outros cantos no Universo... Ou então somos os únicos seres pensantes dentre todas as galáxias... Talvez nossa existência seja apenas um passo na escala da evolução, proposital ou acidental. Talvez a perpetuação da nossa espécie seja um erro, não deveríamos existir e por consequência deste "erro" o planeta está fadado as nossas ações desagrantes e devastadoras... Talvez sejamos nada, talvez sejamos tudo... Talvez sim, talvez não...


2 comentários:

Anonymous coward disse...

Vive-se para continuar vivendo. Dito isso, parece mais divertido uma busca hedonista do que uma masoquista. Contudo, não se pode ser míope e buscar algo que não seja escalável: uma pequena diversão eterna supera de várias maneiras diferentes uma grande diversão momentânea. Num mundo onde não há certo ou errado, cabe a cada um decidir onde quer chegar. Quando não se sabe para onde se quer ir, qualquer caminho é o certo.

De mais a mais, o planeta não se importa com a humanidade. Para ele não somos mais do que pulgas. Se aprendermos a jogar, continuamos por aqui por mais algum tempo; na falha de atender esse requisito, o único destino é a extinção. Que rolem os dados.

Amandinha disse...

Há sempre um motivo pra algo ser escrito, nem sempre o outro interpreta como gostariamos, por que nem sempre está apar...mas no contexto básico...É engraçado mas acabe-se no "Talvez sim, talvez nao..."